terça-feira, 30 de agosto de 2011

2€? Uma vergonha!


Se há coisa que me irrita é a constante insatisfação do português. Se chove é uma chatice porque eu gosto é de sol e não dispenso a minha semaninha de férias em Albufeira. Se está calor é um tormento porque eu gosto é de um tempo mais fresquinho e este calor dá-me cabo das pernas. Se o Governo decide lançar um passe social que possibilita um desconto que ronda os 28% para pessoas e famílias carenciadas é uma vergonha porque eu queria era um desconto de 70%. Irra, não há paciência!

Isto a propósito de uma reportagem feita pela SIC, na estação da Trindade, na qual intervieram vários utentes que passam a usufruir do dito desconto a partir de agora. Dizia uma senhora, reformada (que pagava 8€ pelo passe), que o desconto de 2€ era "uma vergonha". Uma vergonha?! Fiquei a olhar para a televisão e a pensar o que é que as pessoas quererão mais. Num contexto de grave crise económica e financeira, onde nos pedem sacrifícios diários e onde anunciam medidas de austeridade todos os meses (e hoje temos nova dose), não me parece que a atitude mais correcta seja criticar uma medida que beneficiará tantas famílias. É pouco? Paciência, é alguma coisa. 2€ por mês num total de 8€ é muito dinheiro. Para mim, é. Quando a situação se inverte e é anunciado um aumento de 2€ é o fim do mundo porque "o Passos Coelho é um filho da sua mãe e 2€ fazem-me muita falta no fim do mês". Não, não estou a defender o Governo. Só acho que temos o direito (e o dever) de criticar, mas criticar por criticar não faz sentido.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Meu querido mês de Agosto

  

Oh, meu Deus! Mas o S. Pedro está zangado com alguém? Já não se aguenta este tempo. Já estamos no final do querido mês de Agosto e não há sinais de melhoria no estado do tempo. Estou mais branca que um esquimó e logo agora que estava a pensar fazer uns dias de praia, eis que chega a chuva. A sério, S. Pedro, dê uma hipótese aos comuns mortais, deixe-nos pôr o pezinho na areia. É que sem sol e com crise, torna-se mais difícil de levar o barco.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

This is not a love story.


500 Days of Summer, de Marc Webb. Gostei tanto, mas tanto, que tenho de rever hoje... e acho que a coisa não vai ficar por aí. Se não viram, vejam. Vale muito a pena. Muito mesmo.









 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Menos que zero


Ontem acabei de ler o "Menos que Zero", do Bret Easton Ellis. Não é um livro fácil, não pela forma como é escrito, mas pelo conteúdo. Não é um livro que agrade a todos. Não é um livro que nos deixe indiferentes. Clay é um rapaz de 18 anos, da classe alta, que estuda em New Hampshire e regressa a Los Angeles nas férias de Natal. Clay é o protagonista e o narrador desta história, que nos é apresentada de forma extremamente realista, fria e crua, podendo chocar os mais desprevenidos. A decadência que marca o estilo de vida do grupo de amigos e da própria família de Clay é a base desta obra, que nos mostra que, por detrás de um mundo de aparências e glamour, existe um enorme vazio. Um vazio onde reinam as festas, o álcool, a droga e os one-night stand, os quais poderão ser considerados como os pilares desta obra. Confesso que foi tão difícil trocar o livro pelas noites de sono, como voltar a colocá-lo na estante no final. É um livro que nos deixa a pensar. Um autêntico murro no estômago que nos prende da primeira à última frase. Deixo-vos com as primeiras:

"As pessoas têm medo de se envolverem umas com as outras nas auto-estradas de Los Angeles. É a primeira coisa que ouço dizer quando volto à cidade. Blair vai esperar-me ao aeroporto e, enquanto o carro sobe a rampa, resmunga entre dentes: «As pessoas têm medo de se envolverem umas com as outras nas estradas de Los Angeles.»"

About today


"Today you were far away
and I didn't ask you why
What could I say
I was far away
You just walked away
and I just watched you
What could I say

How close am I to losing you

Tonight you just close your eyes
and I just watch you
slip away

How close am I to losing you

Hey, are you awake
Yeah I'm right here
Well can I ask you about today

How close am I to losing you
How close am I to losing."

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Wilde, Portishead e o gato preto


Estou mesmo, mesmo, mesmo ansiosa por ir viver sozinha. Quero um cantinho só meu. Um cantinho que possa decorar à minha vontade, onde possa ter as minhas coisas. Um cantinho onde a única voz seja a minha, onde eu possa ler Oscar Wilde no meio do mais absoluto silêncio ou ouvir Portishead vinte mil decibéis acima do permitido. Um cantinho que me dê liberdade, autonomia, responsabilidade e, sobretudo, que me ajude a crescer. A única companhia permanente admitida terá parecenças com a da foto. Um gato. Preto. Quando for viver sozinha, será a primeira "aquisição" e dará as boas-vindas, tal como os livros de Wilde e os álbuns da senhora Gibbons e companhia, ao primeiro dia do resto da minha vida.